quinta-feira, 19 de março de 2009

Crepusculo (Stephenie Meyer) 18ª part

18. A Caçada
Eles emergiram um por um da floresta, se aproximando doze metros de uma só vez.O primeiro homem diminuiu imediatamente, permitindo que o outro homem ficasse na sua frente, se deixando guiar pelo homem alto, de cabelos escuros que deixou bem claro quem era que liderava o bando. A terceira era uma mulher; á distância, tudo que eu conseguia ver dela era que ela tinha um cabelo numa incrível tom de vermelho.Eles se enfileiraram antes de continuarem se aproximando cuidadosamente da família de Edward, exibindo o respeito natural de uma tropa de predadores quando encontram um grupo maior da sua própria espécie.Enquanto eles se aproximavam, eu reparei no quanto eles eram diferentes do Cullen.O caminhar deles parecia de gato, e constantemente isso fazia parecer que eles estavam rastejando. Eles usavam o vestiário normal de qualquer mochileiro: jeans e uma camisa de botão casual, feita de um tecido pesado e á prova de água. No entanto, as roupas estavam desgastadas, pelo uso, e eles estavam descalços. Os dois homens tinham cabelos cuidados,mas o cabelo alaranjado da mulher estava cheio de folhas e sujeira da floresta.Seus olhos rápidos estudaram o jeito mais educado, urbano de Carlisle, que, acompanhado de Emmett e Jasper, andou cuidadosamente em frente para encontrá-los.Sem que nenhuma aparente comunicação acontecesse entre eles, eles se puseram numa postura mais usual, ereta.O homem na frente era facilmente o mais bonito, sua pele tinha um tom de oliva por baixo da palidez de costume, o seu cabelo era de um preto forte. Ele tinha uma estatura média, tinha músculos fortes, é claro, mas não era nada comparado com a força muscular de Emmett. Ele tinha um sorriso fluente, que mostrava uma linha de grande dentes brancos brilhantes.A mulher tinha um aspecto mais selvagem, os olhos rápidos dela olhavam sem descanso para o homem que estava na frente dela, e para o grupo que estava ao nosso redor, seu cabelo caótico estava voando levemente com a brisa. Sua postura era distintamente felina.
O segundo homem se movia sem parar atrás dele, mais leve que o líder, seus cabelos castanho claro e feições retangulares eram indescritíveis. Seus olhos, no entanto, completamente imóveis, de alguma forma pareciam muito vigilantes.Seus olhos eram diferentes também. Não eram do dourado ou preto que eu cheguei a esperar, mas de um vermelho profundo que era muito perturbador e sinistro.O homem de cabelos escuros, ainda sorrindo, deu um passo em direção á Carlisle.“Nós pensamos ter ouvido um jogo”, ele disse numa voz relaxada que tinha um leve sotaque francês. “Eu sou Laurent, estes são Victoria e James”. Ele fez gestos para os outros vampiros ao seu lado.“Eu sou Carlisle. Esta é minha família, Emmett e Jasper, Rosalie, Esme e Alice, Edward e Bella”. Ele nos apontou em grupos, deliberadamente não chamando a atenção para indivíduos. Eu senti um choque quando ele disse meu nome.“Vocês tem espaço para mais alguns jogadores?”, Laurent perguntou num tom sociável.Carlisle imitou o tom amigável dele. “Na verdade, nós já estávamos acabando. Mas certamente estaríamos interessados numa outra hora. Vocês pretendem ficar por muito tempo?”“Nós estávamos indo para o Norte, na verdade, mas ficamos interessados em ver a vizinhança. Nós não encontramos companheiros há um bom tempo”.“Não, essa região geralmente está vazia, com exceção dos visitantes inesperados, como vocês”.A tensa atmosfera havia lentamente se transformado numa conversa casual; eu concluí que Jasper estava usando seus dons peculiares para controlar a situação.“Qual é extensão de área onde vocês caçam?”,. Laurent inquiriu casualmente.Carlisle ignorou a intenção por trás da pergunta. “A extensão Olympica aqui, acima e abaixo da Costa, em certas ocasiões. Nós mantemos residência permanente aqui perto.
Há outra residência permanente como a nossa perto de Denali”.Laurent se virou um pouco nos calcanhares.“Permanente? Como vocês conseguem?”. Havia uma honesta curiosidade na voz dele.“Porque vocês não vão á nossa casa onde podemos conversas confortavelmente?”, Carlisle convidou. “É uma história longa”.James e Victoria trocaram olhares surpresos com a menção da palavra “casa”, mas Laurent controlou melhor a sua expressão.“Isso parece muito interessante, e bem vindo”, seu sorriso era genial. “Nós estivemos numa caçada em Ontário, e ainda não tivemos a oportunidade de nos limpar apropriadamente”. Ele moveu seus olhos apreciando a figura refinada de Carlisle.“Não se ofendam, mas gostaríamos se vocês refreassem as suas caças nessa área. Nós temos que nos manter fora de suspeita, vocês entendem”. Carlisle explicou.“É claro”. Laurent afirmou com a cabeça. “Nós certamente não vamos invadir o seu território. Nós comemos quando viemos de Seattle, mesmo”. Ele sorriu. Um arrepio percorreu a minha espinha.“Nós vamos te mostrar o caminho se vocês quiserem correr conosco- Emmett e Alice, vocês vão com Edward e Bella pegar o Jipe”. Ele disse casualmente.Três coisas pareceram acontecer simultaneamente enquanto Carlisle estava falando. Meu cabelo voou levemente com a brisa, Edward ficou rígido, e o segundo homem, James, virou sua cabeça de repente, me estudando, sua narinas infladas.Uma rápida rigidez passou entre eles quando James começou a rastejar mais pra perto. Edward mostrou seus dentes, numa posição de defesa, um rosnado de animal brotou da garganta dele.Não foi nada como os sons de brincadeira que eu ouvi dele esta manhã. Foi o ruído mais ameaçador que já tinha ouvido, e arrepios percorreram todo o meu corpo, desde o meus fios de cabelo até os calcanhares.“O que é isso?”. Laurent perguntou surpreso. Nem Edward nem James relaxaram suas posições agressivas. James se moveu levemente para o lado, e Edward se moveu em resposta.
“Ela está conosco”. A repulsa de Carlisle foi pra James. Laurent pareceu sentir meu cheiro com menos força que James, mas agora a consciência desceu no seu rosto.
“Vocês trouxeram um lanche?”, ele perguntou com uma expressão incrédula, dando um passo involuntário á frente.
Edward rosnou ainda mais ferozmente, asperamente, seus lábios se curvando sobre seus dentes brilhantes que estavam á amostra. Laurent andou pra trás de novo.
“Eu disse que ela está conosco”. Carlisle corrigiu com uma voz dura.
“Mas ela é humana”, Laurent protestou. As palavras não eram agressivas, apenas um tanto quanto surpresas.
“Sim”, Emmett ficou muito mais visível do lado de Carlisle, seus olhos estavam em James. James lentamente abandonou sua posição, mas seus olhos não saíram de cima de mim, sua narinas ainda infladas. Edward continuou tenso como um leão na minha frente.
Quando Laurent falou, seu tom estava suavizado- tentando afastar a hostilidade repentina. “Aparentemente temos muito a aprender uns sobre os outros”.
“Realmente”, a voz de Carlisle ainda estava fria.
“Mas nós gostaríamos de aceitar seu convite”, seus olhos vacilavam entre Carlisle e eu.
“E é claro que não iremos causar nenhum mal á garota humana. Não iremos invadir seu espaço, como eu disse”.
James olhou sem acreditar e agravado para Laurent e trocou outro breve olhar com Victoria, cujos olhos ainda passavam rapidamente de rosto para rosto.
Carlisle mediu a expressão aberta de Laurent antes de falar.
“Nós iremos mostrar o caminho. Jasper, Rosalie, Esme?”, ele chamou. Eles se juntaram me bloqueando enquanto se convergiam. Alice estava instantaneamente ao meu lado, Emmett ficou atrás lentamente, seus olhos se travaram quando ele passou por James.
“Vamos, Bella”. A voz de Edward era baixa e inexpressiva.
Durante todo esse tempo eu estive colada no lugar, aterrorizada demais pra me mexer.
Edward teve que agarrar meu cotovelo e me puxar levemente pra quebrar o meu transe. Alice e Emmett estavam logo atrás de nós, me escondendo. Eu tropeçava ao lado de Edward, ainda assustada pelo medo. Eu não podia ouvir se o grupo principal já havia ido embora. A impaciência de Edward era quase palpável enquanto andávamos em velocidade humana para a floresta.
Assim que chagamos á floresta, Edward me jogou em suas costas sem parar de andar. Eu me agarrei o mais forte que pude quando ele começou a correr, os outros bem atrás dele. Eu mantive minha cabeça abaixada,mas meus olhos, arregalados de medo, não quiseram fechar. Eles se moviam pela floresta negra como fantasmas. A sensação de alegria que parecia dominar Edward quando ele corria estava completamente ausente. Em seu lugar havia uma fúria que o possuía e fazia ele ir ainda mais rápido. Mesmo eu estando nas costas dele, os outros acabaram ficando pra trás.
Nós chegamos no Jipe num tempo impossivelmente rápido, Edward mal parou e já estava me jogando no banco de trás.
“Ponha o cinto nela”, ele ordenou á Emmett que entrou ao meu lado.
Alice já estava no banco de frente e Edward já estava ligando o carro. O motor ligou, nós fizemos uma ré, e fizemos uma curva ficando de frente para a estrada.
Edward estava resmungando algo rápido demais pra eu entender, mas parecia uma sucessão de palavras profanas.
A viagem sacudida foi muito pior dessa vez e o escuro só a tornou mais assustadora. Tanto Emmett quanto Alice olhavam pra fora pela janela.
Nós entramos na estrada principal, e apesar da velocidade ter aumentado, eu podia ver muito mais claramente pra onde estávamos indo. Nós estávamos indo pra o Sul, nos distanciando de Forks.
“Onde estamos indo?”, eu perguntei.
Ninguém respondeu.ninguém sequer olhou pra mim.
“Droga, Edward! Pra onde você está me levando?”
“Nós temos que te levar pra longe daqui - muito longe - agora”. Ele não olhou pra trás, seus olhos estavam na estrada. O velocímetro marcava cento e cinqüenta milhas por hora.
“Vira! Você tem, que me levar pra casa!”, eu gritei. Eu lutei contra a estúpida subordinação, tirando o cinto.
“Emmett”, Edward disse severamente.
E Emmett segurou minhas mãos com o seu aperto se aço.
“Não! Edward! Não, você não pode fazer isso.”
“Eu tenho que fazer, Bella, por favor fique quieta”.
“Não fico! Você tem que me levar de volta - Charlie vai chamar o FBI! Eles vão cair em cima da sua família - Carlisle e Esme! Eles terão que fugir, que se esconder pra sempre!”
“Acalme-se, Bella”, sua voz continuava fria. “Nós já fizemos isso antes”.
“Comigo não! Vocês não estão arruinando tudo pra mim!”, eu lutei violentamente, mas foi totalmente fútil.
Alice falou pela primeira vez. “Edward, enconste”.
Ele deu uma olhada dura pra ela, e aumentou a velocidade.
“Edward, vamos apenas conversar sobre isso”.
“Você não entende”, ele rugiu frustrado. Eu nunca havia ouvido a voz dele tão alta, era ensurdecedora dentro do Jipe. O velocímetro baixou para perto de centro e quinze milhas. “Ele é um perseguidor, Alice. Um perseguidor!”
Eu senti Emmett enrijecer ao meu lado, e eu imaginei o porque dessa reação dele á palavra. Parecia que ela significava mais pra eles três do que pra mim; eu queria entender, mas não houve oportunidade para eu perguntar.
“Encoste, Edward”, o tom de Alice era razoável, mas com uma ponta de autoridade que eu nunca havia ouvido antes.
O velocímetro passou de cento e vinte.
“Faça isso, Edward”.
“Me ouça, Alice. Eu vi a mente dele. Perseguir é a paixão dele, sua obsessão - e ele quer ela, Alice - ela, especificamente. Ele começa sua perseguição hoje”.
“Ele não sabe onde -“
Ele interrompeu ela. “Quanto tempo você acha que vai levar pra que ele sinta o cheiro dela naquela cidade? Seu plano já estava traçado antes das palavras saírem da boca de Laurent”.
Eu fiquei ofegante sabendo á onde o meu cheiro o levaria. “Charlie! Você não pode deixá-lo lá! Você não pode deixá-lo”. Eu tentei sair da apatia.
“Ela está certa.” Alice disse.
O carro diminuiu um pouco.
“Vamos apenas olhar para as nossas opções por um momento”, Alice persuadiu.
O carro diminuiu de novo, mas notavelmente., e então nós subitamente subimos no acostamento da estrada, parando. Eu voei para a frente, e depois bati com tudo quando voltei para o banco.
“Não temos opções”, Edward falou arrastado.
“Eu não vou deixar Charlie”, eu gritei.
Ele me ignorou completamente.
“Nós temos que levá-la de volta”, Emmett finalmente falou.
“Não”. Edward foi absoluto.
“Ele não se compara á nós, Edward. Ele não poderá tocá-la”.
“Ele vai esperar”.
Emmett sorriu. “Nós também podemos esperar”
“Você não viu- você não entende. Quando ele se compromete com uma perseguição, ele é inabalável. Nós teríamos que matá-lo”.
Emmett não pareceu aborrecido pela idéia. “Isso é uma opção”.
“E a fêmea. Ela está com ele. Se isso se transformar numa luta, o líder se juntará a eles também”.
“Nós somos um número suficiente”.
“Há outra opção”, Alice disse baixinho.
Edward de virou furioso pra ela, sua voz era um rugido devastador. “Não - há - outra - opção!”
Emmett e eu olhamos pra ele em choque, mas Alice não parecia estar surpresa. O silêncio durou um longo minuto enquanto Edward e Alice se encaravam.
Fui eu quem o quebrou. “Vocês querem ouvir o meu plano?”
“Não”, Edward rugiu, Alice olhou pra ele finalmente encolerizada.
“Ouçam”, eu implorei. “Vocês me levam de volta”.
“Não”, ele interrompeu.
Eu olhei pra ele e continuei. “Vocês me levam pra casa. Eu digo ao meu pai que quero voltar pra casa em Phoenix. Eu faço minhas malas. Nós esperamos até que o perseguidor esteja observando, então nós fugimos. Ele vai nos seguir e deixar Charlie em paz. Charlie não vai colocar o FBI na cola da sua família. Aí vocês podem me levar para a droga do lugar que quiserem”.
Eles me olharam, atordoados.
“Realmente, não é uma má idéia”. A surpresa na voz de Emmett era definitivamente um insulto.
“Pode dar certo - e nó não podemos simplesmente deixar o pai dela desprotegido. Você sabe disso”, Alice disse.
Todos olharam para Edward.
“É perigoso demais - eu não quero ele á menos de duzentos metros de distância dela.”
Emmett estava super confiante. “Edward, ele não vai passar por nós”.
Alice pensou por um momento. “Eu não o vejo atacando. Ele vai tentar esperar até que nós deixemos ela sozinha”.
“Não vai demorar muito até que ele se dê conta de que isso não vai acontecer”.
“Eu ordeno que você me leve pra casa”. Eu tentei parecer firme.
Edward pressionou seus dedos nas têmporas e fechou os olhos.
“Por favor”, eu disse numa voz muito mais baixa.
Ele não olhou pra cima. Quando ele falou, sua voz parecia exausta.
“Você vai partir essa noite. Quer os perseguidores vejam ou não. Você diz pra Charlie que não aguenta passar mais nem um minuto em Forks. Conte qualquer história. Eu não me importo com o que ele diga pra você. Você tem quinze minutos. Você me ouviu? Quinze minutos a partir do momento que você entrar em casa”.
Ele ligou o motor do Jipe, nós viramos indo de volta pra casa, os pneus cantando.
A agulha do velocímetro começou a subir sem parar.
“Emmett?”, eu chamei, apontando para as minhas mãos com o olhar.
“Oh, desculpe”. Ele me soltou.
Alguns minutos se passaram em silêncio, só se ouvia o barulho do motor. Então Edward falou de novo.
“É assim que as coisas vão acontecer. Nós vamos para a casa dela, se o perseguidor não estiver lá, eu a levo até a porta. Então ela terá quinze minutos”. Ele me olhou pelo espelho retrovisor. “Emmett, você cuida do lado de fora da casa. Alice, você fica na caminhonete. Eu ficarei lá dentro enquanto ela estiver. Depois que ela sair, vocês dois pegam o Jipe e vão dizer a Carlisle”.
“Sem essa”, Emmett interrompeu. “Eu tô com você”.
“Pense bem, Emmett. Eu não sei por quanto tempo ficarei fora”.
“Até que a gente saiba até onde isso vai, eu fico com você”.
Edward suspirou. “Se o perseguidor estiver lá”, ele continuou severamente.“ Nós dirigimos direto”.
“Nós chegaremos lá antes dele”, Alice disse confiante.
Edward pareceu aceitar isso. Qualquer que fosse o seu problema com Alice, ele não pareceu duvidar dela agora.
“O que nós vamos fazer com o Jipe?”, ela perguntou.
A voz dele tinha um tom duro. “Você vai dirigi-lo até em casa”.
“Não, eu não vou”, ela disse calmamente.
As palavras profanas impossíveis de escutar recomeçaram.
“Nós não cabemos todos na minha caminhonete”, eu sussurrei.
Edward não aparentou me ouvir.
“Eu acho que vocês deviam me deixar ir sozinha”, eu falei ainda mais baixo.
Isso ele ouviu.
“Bella, só faça o que eu digo, só dessa vez”, ele disse por entre os dentes trincados.
“Ouça, Charlie não é imbecil”, eu protestei. “Se você não estiver na cidade amanhã, ele vai suspeitar”.
“Isso é irrelevante. Nós iremos proteger ele, e é só isso que importa”.
“E quanto á esse perseguidor? Ele viu a forma como você agiu. Ele vai saber que você está comigo, onde quer que você esteja”.
Emmett olhou pra mi, insultantemente surpreso de novo. “Edward, escute ela”, ele persuadiu. “Eu acho que ela está certa”.
“Sim, ela está”, Alice concordou.
“Eu não posso fazer isso”, a voz de Edward estava gelada.
“Emmet devia ficar também”, eu continuei. “Ele definitivamente deu uma boa olhada pra Emmett”.
“O que?”, Emmett de virou pra mim.
“Você vai pegar ele mais facilmente se ficar”, Alice concordou.
Edward olhou pra ela incrédulo. “Você acha que eu devo deixar ela ir sozinha?”
“É claro que não”, ela disse. “Eu e Jasper ficamos com ela”.
“Eu não posso fazer isso”, Edward repetiu, mas dessa vez havia um traço de derrota na voz dele. A lógica estava começando a entrar na cabeça dele.
Eu tentei ser persuasiva. “Fique por uma semana -“, eu vi a expressão dele no espelho e emendei. “ - Alguns dias. Deixe Charlie ver que você não me sequestrou, então você começa a sua caçada á James. Tenha certeza de que ele está completamente fora da minha cola. Então venha me encontrar. Venha por uma rota alternativa, é claro, então Alice e Jasper poderão voltar pra casa”.
Eu podia ver que ele estava começando a considerar a idéia.
“Te encontrar onde?”
“Em Phoenix”, é claro.
“Não. Ele vai ouvir que você foi pra lá”, ele disse impaciente.
“E você vai fazer parecer que é lá que eu estou, obviamente. Ele sabe que vocês estarão comigo. Ele nunca vai acreditar que vocês vão me levar pra onde dizem que estão me levando”.
“Ela é diabólica”. Emmett gargalhou.
“E se isso não funcionar?”
“Existem sete milhões de pessoas em Phoenix”, eu informei.
“Não é tão difícil encontrar uma lista telefônica”.
“Eu não vou pra casa”.
“Oh?”, ele perguntou, um tom perigoso na voz dele.
“Eu sou velha o suficiente pra ficar sozinha”.
“Edward, nós estaremos com ela”, Alice lembrou ela.
“O que você vai fazer em Phoenix?”, ele perguntou a ela severamente.
“Ficar dentro de casa”.
“Eu gosto disso”, Emmett estava pensando em cercar James, sem dúvida.
“Cala a boca, Emmett”.
“Olha, se nós tentarmos derrotá-lo enquanto ela ainda estiver aqui, existe uma chance muito maior de alguém se machucar - ela vai se machucar, ou você, tentando proteger ela. Agora, se nós pegarmos ele sozinho...”. Ele ficou quieto com um sorrisinho no rosto. Eu estava certa.
O Jipe estava andando mais devagar a gora que estávamos na cidade. A despeito da minha fala corajosa, os cabelos dos meus braços estavam de pé. Eu pensei em Charlie, sozinho em casa, e tentei ser corajosa.
“Bella”, a voz de Edward estava muito suave. Alice e Emmett olharam pra fora pela janela. “Se você deixar alguma coisa acontecer com você - qualquer coisa - eu vou te responsabilizar completamente. Você me entendeu?”
“Sim”, eu engoli seco.
Ele se virou para Alice.
“Jasper vai conseguir lidar com isso?”
“Dê algum crédito á ele, Edward. Ele está indo muito, muito bem, levando tudo em consideração”.
“Você vai conseguir lidar com isso?”
E a pequena e graciosa Alice levantou os lábios numa careta horrorosa e deu um rugido gutural que me fez colar no banco acovardada.
Edward sorriu pra ela. “Mas mantenha as suas opiniões pra si mesma”. Ele murmurou de repente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário